quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

REPORTAGEM - JORNAL OHOJE

Apresentações alegram pacientes

A dona de casa Gleiciane de Morais, de 30 anos, estava triste e desanimada
para mais uma consulta no Hospital Geral de Goiânia (HGG).
Mas foi surpreendida com um som que lhe trouxe calma e paz.
“Me alegrei com as canções, as que eu sabia comecei a cantar e
percebi que fui ficando mais feliz”, contou ela, que esteve ontem
na unidade e estava sentindo falta da melodia. “Eu já ia perguntar
se não teria música hoje, pois o tempo passa mais rápido e acalma
não apenas os pacientes, mas também os atendentes.”

A Semana Natalina do Hospital Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi (HGG)
começou na segunda-feira com a apresentação do grupo teatral Senhoras do Cerrado.
Até sexta-feira, uma programação especial será rea­lizada para pacientes e
colaboradores nos três turnos, em diversos setores do hospital. O objetivo da
programação, segundo a diretora do Programa de Humanização Alberto Rassi (PHAR),
Eliane Nascimento, “é melhorar a ambientação do hospital e a saúde dos pacientes.
“Acreditamos que a música é um dos benefícios que ajudam a minimizar as tensões,
relaxar e ainda aumenta o sistema imunológico dos pacientes.”

Internado há 23 dias no hospital por causa de um enfisema pulmonar,
Oswaldo Paschoal Junior, de 74 anos, não pode des­cer até o ambulatório
ou no estacionamento para ver as apre­sentações. Entretanto, lá do quarto
onde está, consegue ouvir o coral de vozes ou o toque do teclado.
“Queria muito des­cer, mas daqui consigo ouvir e já é muito bom, pois,
para quem está aqui está sofrendo, isso alegra nosso dia”, destacou ele,
que se divertiu com os palhacinhos que visitaram os quartos levando cor e sorrisos.

O garoto Victor Alexandro Pereira, 13 anos, está há 29 dias internado e, para se distrair,
não perde nenhuma programação no hospital. “Passei nos quartos junto com os palhaços”,
contou ele. E deixou uma sugestão: “Eles podiam vir todos os dias”.(Flávia Moreno)

REPORTAGEM - JORNAL OHOJE

Amor à música e ao trabalho voluntário

















As apresentações são reali­zadas por voluntários que dedicam parte
do seu tempo para levar distração àqueles que estão envoltos em dor e angústia.
Nádia Rezende Faria uniu seu amor pelo trabalho voluntário e a música e
começou a tocar teclado no ambulatório do hospital. “Percebo que as pessoas
ficam mais tranquilas, elogiam e acompanham as canções.”

O pastor Rubens Ribeiro, que também se apresenta na unidade,
se sente realizado com o trabalho. “Os pacientes nos recebem muito bem,
pois trazemos esperança e a música sempre causa esse impacto positivo,
além de ajudar na recuperação.”

A alegria não é vista apenas no olhar de quem está nos leitos ou aguardando
atendimento. A chefe da Unidade de Terapia Intensiva, enfermeira Leila Márcia Faria,
apaixonada por música, amou a apresentação do coral Vozes e Harmonia.
“Isso é um estímulo também pra gente que está trabalhando neste ambiente.
A música faz bem.” Até sexta-feira, também se apresentarão a Banda da
Polícia Militar, Família Ravi, Douglas e Denise, grupo Levando a Graça,
Marcos (voz, violão e teclado) e Rubens (teclado solo). (F. M.)

terça-feira, 7 de dezembro de 2010